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Mostrando postagens de maio, 2015

É possível falar de Deus ao mundo moderno? - Parte 2 -

O conceito cristão de verdade A Igreja não é alheia aos esforços que os pensadores, inseridos nas diversas culturas, empreenderam sobre o tema da verdade. Ela mesma compreende-se responsável por este caminho de pesquisa e reflexão, em prol da humanidade, do bem comum. Sobre isto, nos recorda o Papa João Paulo II: “Como em épocas precedentes, também hoje — e talvez mais ainda — os teólogos e todos os homens de ciência na Igreja são chamados a unirem a fé com a ciência e a sapiência, a fim de contribuírem para uma recíproca compenetração das mesmas (...). Este interesse ampliou-se enormemente nos dias de hoje, dado o progresso da ciência humana, dos seus métodos e das suas conquistas no conhecimento do mundo e do homem. E isto diz respeito tanto às chamadas ciências exatas, quanto igualmente às ciências humanas, bem como à Filosofia, cujos ligames estreitos com a Teologia foram recordados pelo II Concílio do Vaticano.”  A Igreja sempre entendeu que sua missão é de constituição d

É possível falar de Deus ao mundo moderno? - Parte 1

Autor: Prof. VICTOR HUGO NASCIMENTO Filósofo e Teólogo. Professor das Escolas de fé e catequese Luz e Vida e Mater Ecclesiae - RJ Contato: victorbento.30@globomail.com - See more at: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/victor/006.htm#sthash.K9zeQp4u.dpuf O homem sempre buscou chegar ao conhecimento da verdade. Ele tem empreendido esforços no longo caminho de procura do que é e como chegar a um consenso definitivo sobre a verdade. Desde filósofos, amantes da sabedoria e portadores da verdade, até os grandes santos, passando pelo homem mais humilde, todos, sem exceção, nas mais diversas realidades e culturas têm ansiado encontrar respostas absolutas sobre a existência do homem e do cosmo. Por não haver, nesta aventura da busca, um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas. O problema reside na postura da modernidade, a qual retardou e mesmo interrompeu o processo de acesso à verdade ao abandonar e in

A espiritualidade punida

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O episódio da figueira tem, à primeira vista, um quê de inexplicável. A maldição lançada sobre ela, por Jesus, parece não se justificar. Se não era tempo de figos, como ele esperava encontrar frutos? Estaria pretendendo que o ciclo natural daquela planta se adaptasse às suas exigências? Teria Jesus dado vazão a uma agressividade infantil? Estas questões são irrelevantes, diante do valor parabólico do relato. A figueira simboliza o povo de Israel. Jesus, o Filho enviado, contava com os frutos produzidos por este povo predileto de Deus. Encontrou-o, ao invés, na mais completa esterilidade. Foi o que também ficou patente, quando, certa vez, Jesus entrou no Templo. Aí se deparou com uma religião transformada em comércio, em exploração, sem nenhuma preocupação com a prática da misericórdia e da justiça. A casa de Deus fora profanada de maneira flagrante, e ninguém se levantava para pôr um basta nesta situação. Era possível esperar grandes coisas de um povo que agia desta maneira? E o

A experiência espiritual e a atenção ao mistério de Deus

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Certo é que todos os homens, de todos os tempos e lugares fizeram e fazem a experiência do transcendental. Ele é um ser aberto ao totalmente Outro, o qual é realidade ao mesmo tempo externa a este mundo, e interna ao homem. Há uma vivência fundadora do pensamento religioso no ser humano, sem intermédio de uma ordem externa, confessional, ou teológica.  Em termos psicológicos, a experiência religiosa é, desde sempre, uma dimensão intrínseca de nosso psiquismo, isto é, da alma humana na medida em que ela experimenta uma realidade sagrada, ou seja, uma comoção perturbadora que funda a realidade como sagrada. Tais realidades humanas, sejam as boas e aprazíveis, mas principalmente as mais difíceis, como as tragédias e a morte de um membro da família, são carregadas de sacralidade, da presença de Deus. Em meio a um mundo confuso, onde as experiências interiores não são mais valorizadas, encontra-se um ser humano fragmentado em busca de um sentido para a vida, para a sua própr

Hóspede misterioso e discreto

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Pentecostes conclui o ciclo da Páscoa. Nesta solenidade de Pentecostes recordamos: a descida do Espírito Santo sobre a Virgem Maria e os Apóstolos no Cenáculo; a primeira pregação do Evangelho em Jerusalém; a formação da primeira comunidade cristã; o nascimento da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. O protagonista invisível de todos esses acontecimentos foi e é o Espírito Santo. Ele operava então e opera também hoje na sua Igreja. E se dermos espaço em nossa vida, opera também em nós. Pentecostes quer dizer cinqüenta dias depois da Páscoa. Os hebreus tinham uma festa agrícola da colheita, com o mesmo nome. Nós cristãos recordamos o fato acontecido depois da Páscoa: o Espírito Santo dado por Jesus à sua Igreja pousando sobre Maria e os Apóstolos. Conseqüências desse místico acontecimento são os apóstolos, plenos do Espírito Santo, dando testemunho publicamente do Senhor, e os primeiros ouvintes crentes reunidos em torno deles. Naquele dia começou a história da Igreja. É justo fazer

O que é Pentecostes?

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no quinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "quinquagésimo dia".  No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?  O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a rea

Para combater um velho rival, Igreja recruta padres exorcistas

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Padre Padoan já encarou pessoas supostamente dominadas pelo demônio. Foto: Claudio Vieira Padre de São José diz que houve casos em que foi necessário praticar o ritual de ‘exorcismo menor’ Xandu Alves São José dos Campos A Igreja Católica recruta combatentes contra o Mal, assim mesmo, com M maiúsculo. Afinal, o alvo é o Diabo, o pai das mentiras, infâmias e inimigo declarado de Deus. “Precisamos de mais exorcistas”, brada o padre Duarte Sousa Lara, exorcista da diocese de Lamego, na região norte de Portugal, que esteve na região nos últimos dois anos. O tema é polêmico, divide religiosos e médicos e ressurgiu com força na Igreja Católica depois que o Vaticano aprovou os estatutos da Associação Internacional de Exorcistas, no ano passado. Alguns sacerdotes encararam a atitude como um reconhecimento da importância dos exorcistas e a necessidade em se tocar no assunto. Só podem ser exorcistas na Igreja Católica padres com perfil e formação adequados e indicados p

A confissão

PEDIMOS A TODOS QUE NÃO DEIXE DE ASSISTIR ESSE VÍDEO: A CONFISSÃO Este vídeo mostra a importância do Sacramento da Confissão e como através dele recebemos o perdão misericordioso do Deus bondoso através do sacerdote. Posted by Frei Bruno on Sexta, 13 de março de 2015

SILÊNCIO, um filme de M. Scorsese sobre jesuítas...

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  by   Pe. J. Ramón F. de la Cigoña sj  Com grande expectativa dos católicos e do público em geral,  o longa ‘ Silêncio ’ deve chegar aos cinemas em 2016 . Trama, baseada no romance do escritor japonês Shusaku Endó (1923-1996): A ordem jesuíta envia um jovem padre português chamado Rodrigues (Andrew Garfield) para encontrar seu mentor desaparecido há 10 anos. Roma acredita que o jesuíta mais velho (Liam Neeson) possa ter renunciado à sua fé sob tortura, durante a severa perseguição de missionários e cristãos convertidos. O filme  Silêncio  narra o trabalho dos jesuítas no Japão, enfrentando duras provas, perseguições e torturas,  na época de 1637. Os atores Adam Driver, Asano Tadanobu e Issei Ogata também integram o elenco. O roteiro de ‘ Silêncio ’ foi escrito por J. Cocks e M. Scorsese , que confessou realizar um sonho de mais de 20 anos.  Em 1998, o arcebispo Paul Moore lhe recomendou o livro de Endo, sobre a perseguição de dois sacerdotes jesuítas no Japão, sécu

Filme vai contar saga de jesuítas no Japão

Longa-metragem de Martin Scorcese é baseado na obra da literatura japonesa 'Silêncio'. CIDADE DO VATICANO – A perseguição aos cristãos no Japão do século XVII descrita no clássico da literatura japonesa “Silêncio”, de Endo Shusako, vai ganhar uma versão para as grandes telas dirigida pelo premiado diretor americano Martin Scorsese. Durante coletiva à imprensa nesta segunda-feira (4), em Taipei, onde a maior parte do filme foi gravada, Scorsese disse realizar um sonho de mais de 20 anos.  “A história deste livro e os mistérios da fé me acompanham desde minha infância”, declarou o diretor. Já na época do primeiro contato com a história de “Silêncio”, em 1998, quando o reverendo Paul Moore da Igreja Episcopal dos EUA sugeriu a leitura, Scorsese quis fazer um roteiro para o cinema. Todavia, a “tentativa não foi bem sucedida” e o diretor precisou de mais de 15 anos até “encontrar o caminho justo”.  A fé católica que inspira Scorsese já fez com que ele levasse às telas “

As aparições de Fátima

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Primeira Aparição de Nossa Senhora de Fátima Dia 13 de Maio de 1917. Nossa Senhora aparece resplandecente aos pastorinhos, em 1917. Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria. De repente, observaram dois clarões como de relâmpagos, e em seguida viram, sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de beleza incomparável. Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um Rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés. Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente o