"NOVENA A SÃO JOÃO DA CRUZ"



Novena
Nosso Santo Padre
S. João da Cruz
Carmelo de S. José, Fátima



ORAÇÃO
Senhor, que inspirastes a S. João da Cruz, nosso pai, um
extraordinário amor da Cruz e uma perfeita abnegação
de si mesmo, concedei-nos a graça que vos pedimos… e
que, imitando o seu exemplo, cheguemos à
contemplação eterna da Vossa glória. PNSJC.
- Nosso Pai, S. João da Cruz,
- Rogai por nós
1º DIA – AMOR DE DEUS/AMOR DO
PRÓXIMO
«Ame muito aos que a contradizem e não a amam, porque nisso se
gera amor no peito onde não o há, como faz Deus connosco, que
nos ama mediante o amor que nos tem» (Ct 33*) … «Porque o
verdadeiro amante só está contente quando tudo o que ele é, vale,
tem e recebe, o emprega no Amado, e quanto mais é tudo isso,
tanto mais gosto tem em lho dar» (CH III, 1).

2º DIA – OBEDIÊNCIA
«Perguntando alguém um dia ao venerável Padre João da Cruz
como era que uma pessoa se arrebatava, respondeu: negando a
sua vontade e fazendo a de Deus, porque o êxtase não é senão sair
a alma de si mesma e arrebatar-se em Deus, e isto faz o que
obedece porque é sair de si e do seu próprio querer e assim
aliviado submerge-se em Deus» (A 65**).

3º DIA – CASTIDADE
«Pensam que, por ter estado tão mudo, as perco de vista e deixo
de andar vendo como com grande facilidade podem ser santas e
com muito gosto e seguro amparo andar em delícias do Amado
Esposo? Pois aí irei e então hão-de ver como não me esquecia e
veremos as riquezas ganhas no amor puro e sendas de vida eterna
e os passos formosos que dão em Cristo, cujas delícias e coroas são
as suas esposas…» (Ct 7*/Ct 5** ).

4º DIA  – POBREZA
«Dizia-se pobre (o rei David, no salmo 87, 16, numa tradução
acomodatícia), bem que na verdade fosse rico, porque não tinha
nas riquezas a sua vontade e assim era como se na realidade fosse
pobre. Mas fosse ele realmente pobre, e a vontade o não fora, não
seria verdadeiramente pobre; pois a alma estaria rica e cheia no
apetite. Por isso chamamos a esta desnudez noite para a alma,
porque não tratamos aqui da carência das coisas, porque isso não
despe a alma, se delas tem apetite; senão da desnudez do gosto e
apetite delas, pois é o que deixa a alma livre e vazia delas, mesmo
que as tenha…» (S I, III, 4).

5º DIA – ASSISTÊNCIA AO CORO
«Também disto temos figura muito ao vivo no Génesis, onde se lê
que o Patriarca Jacob querendo subir ao monte de Betel a fim de
aí erguer um altar a Deus, para Lhe oferecer sacrifício, ordenou
primeiramente três coisas a toda a sua gente: a primeira, que
rejeitassem todos os deuses estranhos, a segunda que se
purificassem e a terceira que mudassem as vestes (Gen 35, 2). Por
estas três coisas dá-se a entender a toda a alma que quer subir a
este monte a fazer de si mesma altar onde ofereça a Deus sacrifício
de puro amor, louvor e reverência pura, que antes que suba ao
cimo do monte, há-de cumprir perfeitamente as três coisas já
referidas» (S I, V, 6-7).

6º DIA – PENITÊNCIA/MORTIFICAÇÃO
«Por isso é muito para chorar a ignorância de alguns que se
sobrecarregam de penitências extraordinárias (…) e pensam que
lhes bastará isto e aquilo para chegar à união com a Sabedoria
Divina, e não é assim, se com diligência não procurarem negar os
apetites (…) Porque assim como é necessário lavrar a terra para
ela dar fruto, e se não for lavrada não produz senão ervas más,
assim é necessária a mortificação dos apetites para que haja
proveito na alma» (S I, VIII, 4).

7º DIA – HUMILDADE
«A alma enamorada é suave, mansa, humilde e paciente» (D 28*/D
27**) «e, para se enamorar de uma alma, não põe Deus os olhos na
grandeza dela, mas na grandeza da sua humildade» (PA, D 102*/
PA 24**).

8º DIA – ORAÇÃO
«’
Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se

vos dará por acréscimo’.
Porque esta é a pretensão e petição mais a
Seu gosto; e para alcançar as petições que temos no nosso coração,
não há melhor meio de que pôr a força da nossa oração naquilo que
é mais do gosto de Deus; porque então, não só nos dará o que Lhe
pedimos, que é a salvação, como ainda o que vê que nos convém e
nos é bom, embora não Lho peçamos» (S III, XLIV, 1-2); «procure,
pois, ser contínuo na oração e no meio dos exercícios exteriores
não a deixe. Quer coma, quer beba, quer trate com os de fora, quer
faça qualquer outra coisa ande sempre desejando a Deus, pondo
n’Ele o afecto do seu coração» (Cons. Rel. 9). «Quem foge da
oração, foge de todo o bem» (OA, D 170*/OA, A 11**).

9º DIA – SILÊNCIO/PAZ
«Veja aquele saber infinito, aquele segredo escondido! Que paz,
que amor, que silêncio não está naquele peito divino, que ciência
tão elevada a que Deus ali ensina» (PA, D138*/PA 60**), … «em
todas as coisas, pois, por adversas que sejam, nos devemos alegrar
em vez de perturbar, para não perder o bem maior que toda a
prosperidade, isto é, a tranquilidade de ânimo e paz em todas as
coisas adversas ou prósperas, levando a todas de igual maneira»
(SIII, VI, 4), «pondo todo o cuidado em coisa mais alta que é
buscar o reino de Deus isto é, em não faltar a Deus, porque o
demais, como Sua Majestade disse, nos será dado por acréscimo,
pois não se há-de esquecer de nós Aquele que cuida dos animais.
Com isto se adquirirá silêncio e paz» (2ª Cautela contra o mundo).

SIGLAS: S –
Subida do Monte Carmelo; CH – Chama de Amor Viva; Ct – Cartas;


D – Ditos de Luz e Amor (PA – Pontos de Amor); A – Avisos (OA – Outros Avisos); Cons. Rel. – Conselhos a um religioso.

Adaptação a partir das:

Doze Estrelas para chegar à suma Perfeição (A 155*/A 62 **).
* Obras Completas, 6ª edição, Edições Carmelo 2005 | ** Obras Completas, 5ª edição, Edições Carmelo 1986



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