As pulsações do Sagrado Coração de Jesus

O Coração de Jesus “pulsa de amor ao mesmo tempo humano e divino desde que a virgem Maria pronunciou aquela palavra magnânima "Fiat."
O Coração de Jesus pulsou de amor quando se perdeu de seus pais e, tomado por um zelo que O consumia, aninhou-se no templo e tratou de cuidar das coisas de Seu Pai [cf. Lc 2, 49].
O Coração de Jesus pulsou de amor quando trabalhou na carpintaria de Nazaré, rodeado por São José, Seu pai adotivo, e por Sua santíssima mãe, a qual O nutria e O via crescer “em estatura, graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens” [Lc 2, 52].
O Coração de Jesus pulsou de amor quando sentiu compaixão das multidões que O cercavam [cf. Mc 8, 2], quando deu vista aos cegos, quando curou os enfermos e quando ressuscitou os mortos.
O Coração de Jesus pulsou de amor e admiração, quando viu a grande fé daquele soldado romano, cujas palavras são repetidas todos os dias na Santa Missa: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu servo ficará curado [cf. Mt 8, 8].
O Coração de Jesus pulsou de amor e de santa ira, quando expulsou os cambistas e vendilhões do templo, ordenando que não fizessem da casa de Seu Pai uma casa de comércio [cf. Mt 21, 13].
O Coração de Jesus pulsou de amor e de alegria, quando instituiu o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, deixando a Si mesmo como alimento para todos os que O haviam de seguir, até o fim dos tempos.
O Coração de Jesus pulsou de amor, de tristeza e de temor, quando rezou no Horto das Oliveiras, implorando misericórdia e suando gotas de sangue pela humanidade pecadora [cf. Mt 26, 38; Mc 14, 33].
O Coração de Jesus pulsou disparadamente quando Se entregou na Cruz, palpitando “mais pela força do amor do que pela violência dos algozes."
O Coração de Jesus pulsou de amor e misericórdia, quando acolheu no Céu o bom ladrão [cf. Lc 23, 43] e perdoou os Seus carrascos do crime que cometeram [cf. Lc 23, 34].
O Coração de Jesus pulsou de amor quando entregou Maria Santíssima aos cuidados de Seu discípulo amado, designando-a mãe de toda a Igreja [cf. Jo 19, 25-27].
Finalmente, no Céu, “o seu coração sacratíssimo nunca deixou nem deixará de palpitar com imperturbável e plácida pulsação”, já que a aliança que firmou com a Sua Igreja é irrevogável e o Seu amor para com ela é eterno, como Ele mesmo tinha prometido: “Esta é a aliança que farei com a casa de Israel a partir daquele dia – oráculo do Senhor, colocarei a minha lei no seu coração, vou gravá-la em seu coração; serei o Deus deles, e eles, o meu povo” [Jr 31, 33].
Por todas essas pulsações do Sagrado Coração de Jesus, que também nós vivamos a nossa vida como um completo e constante ato de amor a Ele. Peçamos-Lhe a graça de imitar o Seu manso e humilde coração [cf. Mt 11, 29] e que, assim como o Seu, também os nossos se convertam em uma “fornalha ardente de caridade”.
Sacratíssimo Coração de Jesus,
tende piedade de nós!
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