SÍMBOLOS: O CORDEIRO E O DRAGÃO

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O CORDEIRO E O DRAGÃO

Desde o início do seu pontificado – e também antes, por ocasião das exéquias do Papa João Paulo II e do novo Conclave –, Bento XVI ajudou os católicos a contemplar o exemplo da vida santa de São João Paulo II, especialmente o exemplo da sua esperança, do seu santo otimismo. Eu queria reproduzir aqui apenas dois dos seus comentários.
O primeiro foi feito no discurso natalino à Cúria romana pronunciado em 22 de dezembro de 2005. Nesse discurso, o Papa citou o seguinte trecho do livro Memória e identidade de autoria de João Paulo II, referente ao “poder do mal” no século que findou: «Não foi um mal de pequenas dimensões… Foi um mal de proporções gigantescas, um mal que se valeu das estruturas estatais para realizar uma obra nefasta, um mal edificado como sistema». Referia-se ao flagelo do nazismo e o comunismo. Bento XVI glosava:
«O mal é porventura invencível? É a última verdadeira potência da história? Por causa da experiência do mal, para o Papa Wojtyla a questão da Redenção tornou-se a interrogação essencial e central da sua vida e do seu pensar como cristão. Existe um limite contra o qual o poder do mal se despedaça? Sim, existe, responde o Papa João Paulo nesse seu livro, como também na sua Encíclica sobre a Redenção. O poder que põe um limite ao mal é a misericórdia divina. À violência, à ostentação do mal, opõe-se na história a misericórdia divina, como ”o totalmente outro” de Deus, como o próprio poder de Deus. O cordeiro é mais forte do que o dragão, poderíamos dizer com o Apocalipse».
O outro comentário é um trecho da homilia pronunciada por Bento XVI no dia em que iniciou o seu pontificado, 24 de abril de 2005:
«Neste momento, a minha recordação volta ao dia 22 de outubro de 1978, quando o Papa João Paulo II deu início ao seu ministério aqui na Praça de São Pedro. Ainda, e continuamente, ressoam aos meus ouvidos as suas palavras de então: “Não tenhais medo, abri de par em par as portas a Cristo!” O Papa dirigia-se aos fortes, aos poderosos do mundo, os quais tinham medo de que Cristo pudesse tirar algo ao seu poder, se o deixassem entrar e concedessem liberdade à fé. Sim, ele ter-lhes-ia certamente tirado algo: o domínio da corrupção, da perturbação do direito, do arbítrio. Mas não teria tirado nada do que pertence à liberdade do homem, à sua dignidade, à edificação de uma sociedade justa»”.
Adaptação de um trecho do livro Otimismo cristão, hoje

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