"Sobre a vida de Santo Agostinho"


Agostinho nasceu no ano de 354, em Tagaste, África do Norte, filho de Patrício, pagão, batizado na hora da morte, e Mônica, de quem recebeu educação cristã.
Agostinho muda-se para Madaura, cidade vizinha a Tagaste, onde inicia seus estudos de Retórica, quando tem seus primeiros contatos com os clássicos latinos. O jovem estudante vê-se obrigado a retornar à terra natal, no ano de 369, onde por um ano entrega-se à ociosidade. Com a ajuda financeira de um amigo, Agostinho vai, então para Cartago e retoma seus estudos. Aos dezenove anos de idade, lê a obra Hortênsio de Cícero e sente-se atraído pela verdade eterna de que trata o livro. Também por esse período, Agostinho faz uma breve leitura das Sagradas Escrituras, mas estava persuadido “de que devia crer mais naqueles que ensinam do que nos emissores de ordens para crer”. Aos vinte anos, Agostinho, racionalista, inicia seu convívio de nove anos com os maniqueus. Também nesse período estuda um pouco de astrologia. Por volta de 384, Agostinho assume uma cátedra em Milão e passa por uma crise cética. Já não vê encanto algum no maniqueísmo. Interessa-se, então, pelo neoplatonismo, particularmente por Plotino e Porfírio, onde encontra o que buscava naquela fase de sua vida: o desprezo pelas paixões e pelos sentidos. Mas Agostinho ainda não estava satisfeito. A filosofia platônica e neoplatônica, sob muitos aspectos, deixavam muito a desejar. Após ouvir a pregação de Ambrósio, bispo de Milão, Agostinho começa a compreender as Sagradas Escrituras e em 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, é o batizado pelo bispo “responsável” por sua conversão. Pouco depois, Agostinho volta para Tagaste desejoso de fundar uma comunidade religiosa. A caminho, porém, Mônica, sua mãe, vem a falecer, em Óstia. Somente em 388 é que Agostinho segue de Roma para Tagaste e realiza seu desejo, fundando uma comunidade dedicada à oração e contemplação. No ano seguinte, morre seu filho Adeodato.
Agostinho, aclamado pelo povo, é ordenado sacerdote em 391, com o propósito de auxiliar o bispo de Hipona, Valério, que já era avançado em idade e cinco anos mais tarde é sagrado bispo de Hipona.
Agostinho morreria trinta e quatro anos depois, deixando-nos um legado de duzentos e trinta e dois livros, contidos em noventa e três obras, onde se pode beber da sabedoria e santidade deste santo filósofo.


ITEP – Instituto Teológico-Pastoral do Ceará
TIP – TRABALHO INDIVIDUAL DE PESQUISA
ORIENTADOR: Prof. Dr. Jan Gerard Joseph Ter Reegen

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