"O CAMINHO DA ORAÇÃO CARMELITA"
Frei Patrício Sciadini, ocd
O caminho do método da oração
carmelitana é o mais simples de todos. “Quando o coração reza sempre responde:
“A oração é um íntimo diálogo de amor com Aquele que sabemos que nos ama”
(Santa Teresa). Ou “um olhar lançado para o céu, um desabafo do coração” (Santa
Teresinha). “Procurai lenda e encontrareis meditando; batei orando e
abrir-se-vos-ão contemplando” (São João da Cruz).
DEZ PASSOS DA ORAÇÃO CARMELITANA
1- Uma determinada determinação de rezar. Decidir-se a rezar todos os dias, em todos os momentos, determinar um tempo para a oração diária, para “estar a sós com aquele que sabemos que nos ama”. Não desistir.
1- Uma determinada determinação de rezar. Decidir-se a rezar todos os dias, em todos os momentos, determinar um tempo para a oração diária, para “estar a sós com aquele que sabemos que nos ama”. Não desistir.
2 - Preparação
remota: criar um ambiente externo de “silêncio e recolhimento” e um ambiente
interior: “presença de Deus, atenção aos sinais dos tempos e dos lugares que
nos falem de Deus”, para saber reconhecer Deus que nos visita.
3 - Preparação
próxima: um pouco antes da oração desligar-nos de tudo o que pode nos
perturbar, preocupar. Todo encontro que é amor se prepara com antecedência e se
deixa tudo por ele. Saber dar espaço para que Deus bata à nossa porta. Ele quer
entrar e estar conosco no nosso “castelo interior”.
4 - Presença de
Deus: é o momento importante quando, invocando o Espírito Santo, nos dispomos a
rezar. Reza-se, rezando. É o Espírito Santo o mestre da nossa oração, deixe que
ele reze em você. Invocar o Senhor.
5 - Leitura
meditativa: é sempre bom se ajudar, quando o coração está árido, com uma
leitura, preferencialmente a Bíblia, ou outro livro. Santa Teresa sempre levava
um livro na sua oração. Ler lenta-atenta-amorosamente para saborear a palavra
de Deus.
6 - Meditação:
refletir e aplicar à nossa vida a palavra lida. Um trabalho da mente muito importante. Deus nos fala e quer que nós compreendamos
a sua palavra de amor. É sempre importante escolher um tema para meditar. A
improvisação em nenhuma coisa é boa, também na oração não ajuda.
7 - Diálogo
afetivo ou amoroso – “coração da meditação carmelitana”: deixar expandir o
coração, falar com Deus a partir da vida, do cotidiano, não ter pressa, não ter
medo, dizer ao Senhor que nos ama tudo o que se passa em nosso coração. É
o face a face. É o deixar-se mar por Ele.
8 - Compromisso:
todo encontro oracional deve ser confirmado, consagrado num compromisso
concreto, viável, que fecunde a nossa vida e nos torne sinais verdadeiros da
presença de Deus. Evitar compromisso teórico e barato. O que hoje quero fazer a
partir da minha meditação?
9 - Agradecer:
depois de todo encontro de amor, de amizade, sentimos a necessidade de
agradecer. Pode agradecer com o seu coração, com suas palavras ou com textos
que lhe fazem bem: “Magnificat, Pai-nosso…
”.
10 - Voltar ao
trabalho: com o coração novo, com empenho e compromisso. Depois da oração não
estamos mais sozinhos. Deus vai conosco, as três pessoas da Trindade trabalham
conosco. É vida nova, é paz, compromisso, amor concreto.
Se todos os dias formos fiéis a este caminho de oração,
em pouco tempo a nossa vida será transformada, comprometida.
em pouco tempo a nossa vida será transformada, comprometida.
“Na realidade, a oração é um descanso, um repouso. É aproximar-se com
toda a simplicidade daquele que se ama. É permanecer junto a ele como um
filhinho nos braços de sua mãe, num abandono do coração”
(Beata Elizabete da Trindade).
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