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Mostrando postagens de junho, 2014

Ame as pessoas e possua bens sem se deixar escravizar por eles

O Senhor hoje nos propõe o desprendimento. Tenha bens, mas não deixe que eles o possuam! Ame as pessoas, mas não deixe que nenhum afeto o escravize! “Mas Jesus lhe respondeu: ‘Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos’”  (Mateus 8, 22).  Para seguir Jesus Cristo e se tornar Seu discípulo é preciso ter consciência de que segui-Lo exige radicalidade, exige disposição, liberdade da alma, do espírito e até do corpo. É verdade que existem muitas formas de seguir o Senhor, existem expressões mais radicais, existe a vida eremítica, a vida nos mosteiros, a vida missionária, a vida nos claustros. Existe na Igreja padres religiosos, padres diocesanos; irmãs religiosas dedicadas aos doentes em hospitais, mas todos podem se tornar discípulos de Jesus Cristo – como casal, como homem, como mulher. Se você não foi chamado a uma entrega mais radical da sua vida a Cristo, entenda que, onde você vive, você é chamado a entregar-se de corpo e alma integralmente ao Senhor, vivendo as e

Toda a árvore boa dá bons frutos

Comentário do dia: Papa Francisco Exortação apostólica «Evangelii Gaudium A alegria do evangelho» §§ 169-171 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev) Toda a árvore boa dá bons frutos Numa civilização paradoxalmente ferida pelo anonimato e, simultaneamente, obcecada com os detalhes da vida alheia, descaradamente doente de curiosidade mórbida, a Igreja tem necessidade de um olhar solidário para contemplar, comover-se e parar diante do outro, tantas vezes quantas forem necessárias. Neste mundo, os ministros ordenados e os outros agentes de pastoral podem tornar presente a fragrância da presença solidária de Jesus e o seu olhar pessoal. A Igreja deverá iniciar os seus membros – sacerdotes, religiosos e leigos – nesta «arte do acompanhamento», para que todos aprendam a descalçar sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro (cf Ex 3,5). Devemos dar ao nosso caminhar o ritmo salutar da proximidade, com um olhar respeitoso e cheio de compaixão, mas que ao mesmo tempo cure, l

O julgamento cabe somente a Deus

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Julgar os outros cabe somente a Deus, a nós cabe ajudar, ter misericórdia, paciência e, sobretudo, não rotular as pessoas.  Quantas vezes, nós olhamos os problemas dos outros, falamos dos outros e não olhamos o que nós mesmos somos!   “Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho?”  (Mateus 7, 3). Hoje nós somos chamados por Deus a rever a forma como olhamos uns para os outros; na verdade, essa palavra se chama “julgamento”. Quem de nós não julga o outro e a forma do outro proceder, agir, falar e se comportar? Isso está no nosso consciente e no nosso inconsciente; Nós somos e nos comportamos, muitas vezes, como juízes dos nossos irmãos. Você pode dizer: “Não, eu estou só vendo. É o que todo o mundo está vendo”. Aquele que julga demais torna-se cego para si mesmo, aquele que vê demais a vida dos outros não enxerga a própria vida. É aquela história do vizinho que vê a telha da casa do seu vizinho caindo e não percebe q

Corpus Christi

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Mais do que a Encarnação ou a morte na Cruz, o amor de Deus para com os homens manifestado na Eucaristia ultrapassa nossa  capacidade de compreensão. Corria o ano de 1264. O Papa Urbano IV mandara convocar uma seleta assembleia que reunia os mais famosos mestres de Teologia daquele tempo. Entre eles encontravam-se dois varões conhecidos não só pelo brilho da inteligência e pureza da doutrina, mas, sobretudo, pela heroicidade de suas virtudes: São Tomás de Aquino e São Boaventura. Senhor meu Jesus Cristo, que, por amor aos homens,  ficais dia e noite neste Sacramento,  todo cheio de misericórdia e amor, esperando, chamando e acolhendo todos os que vêm visitar-Vos,  eu creio  que estais presente no  Sacramento do  altar...  (Sto Afonso de Ligório)    A razão da convocatória relacionava- se com uma recente bula Pontifícia instituindo uma festa anual em honra do Santíssimo Corpo de Cristo. Para o máximo esplendor desta comemoração, desejava Urbano IV que fosse composto um Ofício,