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Mostrando postagens de abril, 2016

Para ler quando a Igreja te faz sofrer

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Como és contestável para mim, Igreja! E, no entanto, como te amo! Como me fizeste sofrer! E, no entanto, quanto te devo! Às vezes, gostaria de te ver destruída. E, no entanto, tenho necessidade de tua presença. Deste-me tantos escândalos! E, no entanto, me fizeste compreender a santidade. Nunca vi nada de mais obscurantista, mais comprometido e mais falso no mundo, como em ti vejo viver. Mas também nunca toquei em nada tão puro, tão generoso e tão belo! Quantas vezes tive vontade de bater a porta de minha alma em tua cara! E quantas vezes orei, para um dia, em teus braços seguros morrer! Não, não posso me libertar de ti, porque eu mesmo sou tu, mesmo não sendo completamente tu! Além disso, aonde iria eu? Construiria outra? Mas não poderia construí-la, senão com os mesmos defeitos e falhas, porque são os meus defeitos e falhas que levo para dentro de ti, Igreja. E, se eu construísse uma outra igreja, seria a minha igreja e não a Igreja de Cristo! E, na verdade, já estou bastante v

Em que ordem ler a Bíblia?

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Há pessoas que abrem a Bíblia no início e começam a ler a partir do Gênesis, mas logo desistem A Bíblia não é um simples livro. Ela é uma biblioteca de 73 livros. Eles são bem diferentes uns dos outros, têm os mais diversos estilos, foram escritos em épocas muito distantes e em situações muito diferentes. Imagine-se chegando a uma biblioteca como essa e começando a ler o primeiro livro que encontrar na estante, passando para o segundo e assim por diante. Essa leitura não pode dar certo! Há pessoas que abrem a Bíblia no iníco e começam a ler a partir do Gênesis. Elas, em geral, não passam do quinto livro. Desanimam e não retornam mais. E, o que é pior, acabam dizendo que é impossível, que não se consegue entender a Bíblia. Mas, isso aconteceria com qualquer biblioteca do mundo! É necessário um Plano de leitura. No início, há muita coisa que não se entende, o que é muito natural. Até na leitura de um romance acontece isso. Não pare por causa disso, prossiga! À medida que s

Surge uma nova devoção: o Caminho da Misericórdia

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No Ano da Misericórdia, nasceu uma nova faísca da misericórdia para converter-se em uma nova forma de profunda oração Animando a contemplar o mistério da misericórdia, ao qual chamou o Papa Francisco ao convocar o Ano Santo quando diz que ela “é fonte de alegria, de serenidade e de paz”, e “é condição para nossa salvação”, na Polônia nasceu uma nova devoção entorno deste grande mistério de Deus. Trata-se do “Caminho da Misericórdia”, uma bela prática de piedade entorno da Misericórdia que se celebrou pela primeira vez no sábado, 02 de abril, no Santuário da Divina Misericórdia de Lagiewniki, Cracóvia, por iniciativa do Padre Franciszek Slusarczyk, reitor do Santuário. “Isto foi uma surpresa. Pela primeira vez, desde Cracóvia, Polônia, o mundo se inteirou de que neste lugar, no Ano da Misericórdia, nasceu uma nova faísca da misericórdia para converter-se em uma nova forma de profunda oração”, disse o sacerdote, que foi citado em nota de imprensa difundida pela organização

A água benta é uma superstição?

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Qual o sentido de que uma pessoa fique se aspergindo com um punhado de água? Não existe outra forma de ser abençoado por Deus, ao invés de ficar “atribuindo poderes mágicos” a seres inanimados? Para quem não conhece a teologia católica, a água benta pode parecer, com certa razoabilidade, uma espécie de superstição. Afinal, qual o sentido de que uma pessoa fique se aspergindo com um punhado de água? Não existe outra forma de ser abençoado por Deus, ao invés de ficar “atribuindo poderes mágicos” a seres inanimados? A resposta católica para essa questão encontra-se  no sadio equilíbrio da “economia sacramental” . A Santa Igreja, no decorrer dos séculos, sempre ensinou aos seus filhos o apreço das coisas sensíveis, sob o risco de que se obscurecessem os próprios mistérios de nossa redenção. O Verbo, para descer ao mundo, não rejeitou “vir na carne” e tomar uma forma verdadeiramente humana (cf.  1 Jo 4, 2); não desprezou o matrimônio (cf.  Mt  19, 3-9;  Jo  2, 1-11), nem se furto

Os 7 pecados que causam outros pecados

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Breve e direto: em que consistem os pecados capitais? Os  pecados capitais  requerem especial atenção porque são causa  de outros pecados, são “ cabeças ” de novos pecados – e é daí que vem o termo “capital”. São sete: Soberba : a estima exagerada de si mesmo e o desprezo pelos outros. Avareza : o desejo desmesurado de dinheiro e de posses. Luxúria : o apetite e uso desordenado do prazer sexual. Ira : o impulso desordenado a reagir com raiva contra alguém ou algo. Preguiça : a falta de vontade no cumprimento do dever e no uso do ócio. Inveja : a tristeza pelo bem do próximo, considerado como mal próprio. Gula : a busca excessiva do prazer pelos alimentos e pela bebida. Fique atento a essa turma! http://pt.aleteia.org/2016/01/29/os-7-pecados-que-causam-outros-pecados/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-

Papa: doutores da lei estão fechados à profecia e à vida

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“O coração fechado à verdade de Deus – observou o Papa – fica preso somente à verdade da lei” O Papa Francisco começou a semana celebrando a Missa na Casa Santa Marta, nesta segunda-feira (11/04). A sua homilia foi centralizada na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, em que os doutores da lei acusam Estêvão com calúnias porque não conseguem “resistir à sabedoria e ao Espírito” com que ele falava. Instigam falsos testemunhos para dizer que o ouviram “pronunciar blasfêmias contra Moisés, contra Deus”. “O coração fechado à verdade de Deus – observou o Papa – fica preso somente à verdade da lei”, ou melhor – precisou o Pontífice – “mais do que pela lei, pela letra”, e “não encontra outra saída a não ser a mentira, o falso testemunho e a morte”. Jesus já os havia repreendido por esta atitude, porque “seus pais tinham matado os profetas” e eles, agora, construíam monumentos a esses profetas. E a resposta dos “doutores da letra” é  mais “cínica” do que “hipócrita”: “Se nós

Quem?

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Quem transpassou o coração de Santa Teresa D'Avila, quem converteu Santo Agostinho, quem encantou Santa Teresinha do Menino Jesus, o que extasiou São João da Cruz, quem inflamou São Francisco? Quem é Aquele que fez o rico São Francisco se tornar pobre, a linda Santa Clara se enclausurar, São João da Cruz suportar a mais densa das noites escuras? Quem é que roubou o coração de Santa Teresinha do Menino Jesus, ainda quando criança? Quem fez com que Juan Sanches aos 14 anos de idade se entregasse ao martírio? E quem fez com que outro Juan, esse espanhol, aos 24 anos de idade, tivesse os órgãos genitais cortados, com um machado cortado o seu estômago e com gasolina atearam fogo, ainda vivo? Quem inspirou todos eles? Quem seduziu Maria Goreth, de forma que preferisse morrer do que se submeter a outro homem? Quem seduziu Santa Ágata de tal forma que não submeteu as riquezas do rei, e depois de ter os seios cortados e sofrido torturas sem fim, dizia 'Não – não poderá haver t

Deixemo-nos guiar pela graça do Espírito Santo

“ A Igreja vivia em paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo”  (At 2,31). Estamos acompanhando como a Igreja do Senhor está se expandindo, a Igreja Apostólica, Primitiva, que nasce do lado aberto de Jesus e é dirigida, guiada e iluminada pelo Espírito Santo de Deus. A forma com que a Igreja se consolida, vai até os confins da Terra, porque, em primeiro lugar, coloca no temor do Senhor a sua confiança. Uma Igreja temente a Deus não tem medo d’Ele, mas é submissa e referente a Ele. É uma Igreja que se abaixa aos pés do Senhor. A sabedoria está no temor a Deus! A sabedoria de que precisamos para guardar nossa casa, nossa família, para sermos firmes em nossa fé está no temor ao Senhor! Corremos um sério risco de caminhar um tempo na fé e cairmos na vaidade e no orgulho. Quantas pessoas, porque já são da Igreja, acham que sabem e podem tudo, quando, na verdade, não somos nada, ap

A IMAGEM DO FERMENTO

O fermento na massa   O Reino dos céus é comparável ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha e que faz fermentar toda a massa (Mat 13, 33). Esta imagem é importante, sobretudo nos tempos atuais. Lembra-nos que o mundo é uma “massa” quase inteiramente carente da qualidade do bom pão das virtudes cristãs, e do sabor – do sentido − da Verdade divina e da Lei de Deus. Por isso, o exemplo dos cristãos responsáveis (pais, mestres, padres) neste ambiente atual, é decisivo. Para transformar a massa em pão de Deus, o fermento precisa de ter uma força e uma eficácia que sejam capazes de mudá-la: uma força que só Cristo pode dar. Não podemos deixar de constatar que vivemos, de fato, numa sociedade cada vez mais massificada, em que o ambiente materialista, hedonista e incrédulo que nos cerca  despersonaliza jovens e velhos: massifica as cabeças, impõe os mesmos gostos e vícios; nivela por baixo os costumes, e chega a abafar a fé cristã dos que ainda a conservava

Sobre ir ou não a missa

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Vejam que pergunta boa e resposta melhor ainda! Fernanda - Joinville/SC Fernanda Pergunta: Olá  Pe. sua benção! Estou com uma dúvida e penso que você poderá me ajudar. É preciso ir todo domingo ou final de semana à missa? Eu não tenho conseguido ir e minha mãe fala que é errado, porém eu penso que não adianta eu ir todos os finais de semana se não estiver bem para receber o corpo de Jesus. Gostaria de uma resposta, pois isso tem me intrigado muito! Um abraço, que Deus o abençoe. Pe. Cido Responde: Fernanda, se você entende que ir à missa todos os domingos é uma obrigação, não vá. Se você entende que ir à missa todos os domingos é bobagem, não vá. Se você entende que ir à missa todos o domingos é muito chato, não vá. Se você entende que ir à missa aos domingos é perda de tempo não vá. Se você entende que não ir à missa aos domingos não é pecado, não vá.  Vá à missa todos os domingos, Fernanda, somente nas circunstâncias abaixo: quando você entender que ir à missa é u

Tudo tem seu tempo

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Dom Canísio Klaus Bispo de Santa Cruz do Sul (RS) O capítulo terceiro do Livro do Eclesiastes começa por dizer que “há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar”. Mais adiante, o autor afirma: “compreendi que nada de bom existe senão alegrar-se e fazer o bem durante a vida. Pois todo aquele que come e bebe, e vê o fruto do seu trabalho, isso é dom de Deus” (3,12-13). O mês de janeiro, para muitos brasileiros, é tempo de curtir férias e fazer festa. Tempo de recarregar as baterias para os próximos 11 meses, que costumam ser de mais intenso trabalho. Por isso, não devemos ter escrúpulos em gozar as férias, fazer festa e aproveitar as coisas boas que Deus nos dá. Tudo isto, evidentemente, sem prejudicar a nossa saúde ou colocar em risco a vida das outras pessoas. Nada daquilo que fazemos deverá causar prejuízo ao próximo e nem ao meio

Papa: santos e mártires de hoje levam a Igreja adiante

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“A coerência entre a vida e aquilo que vimos e ouvimos é justamente o início do testemunho" São os santos da vida ordinária e os mártires de hoje que levam a Igreja adiante com a coerência e o corajoso testemunho de Jesus ressuscitado, graças à obra do Espírito Santo: foi o que disse, em síntese, o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta quinta-feira (07/04) na Casa Santa Marta. A primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, fala da coragem de Pedro que, depois da cura do paralítico, anuncia a Ressurreição de Jesus diante dos chefes do Sinédrio que, furiosos, queriam matá-lo. Ele foi proibido de pregar em nome de Jesus, mas continuou a proclamar o Evangelho porque – afirma – “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”. Este Pedro “corajoso” – disse o Papa Francisco – não tem nada a ver com o “Pedro covarde” da noite da Quinta-feira Santa, “quando, repleto de medo, renega o Senhor três vezes”. Agora, Pedro se tornou forte no testemunho. “O

Sua relação com Deus caiu na rotina?

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“Estou enferrujado – dizia-me um amigo –, faz tempo que não jogo bola.” Esta ferrugem não preocupa. Provavelmente bastará treinar um pouco e fazer “academia”. Preocupante é a ferrugem do coração. Há muitas pessoas que, depois de um tempo de convivência – especialmente os casais – sentem que o amor, o interesse e os sonhos se desgastaram e até se apagaram. A monotonia dos dias, das reações, das conversas, das tarefas, dos problemas…,  cansou. “Isso cansa! Sempre a mesma coisa!” O entusiasmo ou a amor perderam a graça. Foram atacados pelo tédio: “Tudo isso não me diz nada, assim não dá para aguentar!”. Mas, será que essa rotina que enferruja é causada realmente pela repetição dos mesmos hábitos, das mesmas coisas? Na realidade, não.  Uma prova disso são os casais que envelhecem numa aparente mesmice sem perder o brilho dos olhos, sentindo-se mais e mais necessitados um do outro e descobrindo uma nova ternura em plena velhice. O mal não está nas coisas, nem nas outras pess

Cristão seja homem do 'sim' a Deus, diz papa

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A história da humanidade foi feita de uma 'corrente' de 'sim' a Deus, à esperança do Senhor. Após as celebrações pascais, o papa Francisco retomou nesta segunda-feira (4), as missas matutinas na Casa Santa Marta. O pontífice dedicou sua homilia à hodierna solenidade da Anunciação do Senhor, celebrada no Vaticano. Aliás, disse ele, a história da humanidade foi feita de uma “corrente” de “sim” a Deus, à esperança do Senhor, a partir de Abraão e Moisés. Abraão obedece ao Senhor, aceita o seu chamado e parte de sua terra sem saber onde chegaria. Isaías, quando o Senhor lhe pede que fale a seu povo, responde que tem os “lábios impuros”. Então o Senhor purifica os seus lábios e Isaías diz "sim!". O mesmo vale para Jeremias, que se considerava incapaz de falar, mas depois diz “sim" ao Senhor: “E hoje, o Evangelho nos fala do final desta corrente de sim, e do início de outro “sim”, que começa a crescer: o ‘sim’ de Maria. E este ‘sim’ faz com que Deus