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Mostrando postagens de outubro, 2014

Como se não Deus existisse

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S omente por meio de homens que tenham sido tocados por Deus é que o Senhor pode retornar para perto dos homens Na minha  qualidade  de crente, quero fazer uma proposta aos laicistas. Na época do iluminismo, tentou-se entender e definir as normas morais essenciais dizendo-se que elas seriam válidas  etsi Deus non daretur , ou seja, mesmo no caso de Deus não existir. Na contraposição das confissões religiosas e na iminente crise da imagem de Deus, tentou-se manter os valores essenciais da moral por cima das contradições e buscar uma evidência que os tornasse independentes das múltiplas divisões e incertezas das diferentes filosofias e confissões. Deste modo, pretendia-se assegurar os fundamentos da convivência e, de uma forma mais geral, os fundamentos da humanidade. Naquele momento da história, pareceu que isso era possível, porque as grandes convicções de fundo, surgidas no Cristianismo em grande parte, resistiam e pareciam inegáveis. Mas agora já não é assim. A busca de tal c

Faça todo esforço possível para entrar pela porta estreita

Nós não podemos relaxar, nós precisamos com todo o nosso coração nos entregar, para valer, para que o Reino de Deus aconteça entre nós, para que possamos passar por essa porta, que é estreita, mas é a porta que nos salva! “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”  (Lucas 13, 24). A pergunta que foi feita hoje a Jesus é:  “ Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”  (Lucas 13, 23), o Senhor não respondeu nem que “sim” nem que “não”, mas apenas deu a deixa e o recado:  “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita”  (Lucas 13, 24). Não é que no Reino do Céus caiba pouca gente. Lá cabe o mundo inteiro, o universo, mas a porta de entrada para esse Reino não é larga, não está aberta para todo o mundo passar! É preciso fazer um esforço para poder se encaixar, para não ficar preso na porta ou então ser barrado e ficar do lado de fora. Deixe-me dizer a você: a primeira coisa

Santificado seja o vosso nome

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Pior do que feministas que invadem catedrais são católicos que banalizam o próprio pecado em nome da misericórdia de Deus Na oração do Pai-nosso, após manifestar seu afeto filial, Jesus faz um primeiro pedido a Deus-Pai:  Santificado seja o vosso nome . Esse pedido remete diretamente para o segundo preceito do Decálogo. Trata-se de honrar a Revelação de Deus ao homem. Ora, informar o nome a alguém significa tornar-se acessível. Antes da Revelação, os pagãos utilizavam-se dos nomes das divindades de forma deliberada. Acreditavam que os deuses estavam submetidos à vontade do homem; eram-lhes subordinados. Por outro lado, Deus, quando se revela, obriga a humanidade a contentar-se com esta afirmação: “Eu sou aquele que sou” (Ex 3, 14). Deus é desde sempre e para a eternidade. Não está submetido à vontade humana. Na encarnação de Cristo, porém, o nome de Deus é manifestado mais diretamente, de maneira que já é possível instrumentalizá-lO. O nome de Jesus pode ser usado para justificar

Devemos ter cuidado e vigilância com a nossa vida

Devemos ter cuidado e vigilância com a nossa vida. Pior do que as tragédias e do que os acidentes é não estarmos preparados para o nosso encontro com Deus! “Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”  (Lucas 13, 5). Meus amados irmãos e irmãs, ao escutarmos o Evangelho de hoje, vamos deparar com situações bem cotidianas em nossas vidas: as tragédias e as fatalidades. Quantas pessoas morrem em acidentes de forma brusca, inesperada, seja na estrada, seja em construções e nas mais diversas situações da vida. Pessoas que passam por dramas em suas vidas; algumas pensam, questionam e até afirmam: “Será castigo de Deus!? Será que isso é culpa por eu não ter vivido de acordo com a vontade de Deus?”. Dizem ainda: “Fulano está pagando pelo pecado de outro!” E “Será que a culpa é dos pais? Será que a culpa foi da mãe, dos antepassados?”. No Evangelho de hoje, Jesus nos esclarece que os acidentes e os incidentes da vida não são por culpa do passado

Cristãos missionários

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No evangelho, Jesus é provocado para cair numa armadilha. Percebendo a maldade de seus opositores, transfere a responsabilidade para eles e faz um discernimento: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". O poder, as riquezas, as vaidades são do mundo, são de César. A vida, o envio, à missão são de Deus. Como nos lembra Isaías: "Eu te chamei, eu sou o Senhor e não há outro". Somos eleitos para ir e testemunhar com nossa vida. O mandato de Jesus aos seus díscipulos: Vão e levem a boa notícia a todas as nações" é algo vivo e atual. Todos somos chamados e enviados em missão. O cristão deve viver o evangelho e por isso tem a obrigação de ser missionário. Paulo dizia: "Anunciar o evangelho não é motivo de glória, mas necessidade. Ai de mim se não anunciá-lo" (1Cor 9,16). Que tipo de missionários somos? Como vivemos esse mandato de Jesus? O tema do mês missionário deste ano é: "Missão para libertar". À medida que nos aproximarm

Ninguém pode ser Igreja sozinho

Todos somos chamados a ser discípulos do Senhor. Ninguém pode ser Igreja sozinho, ninguém pode ser discípulo de Jesus por conta própria. “O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir”  (Lucas 10, 1). A Igreja nos dá hoje a graça de celebrarmos o evangelista São Lucas, aquele que escreveu o Evangelho com seu nome e também o livro Atos dos Apóstolos. Lucas, como evangelista, era também um discípulo de Jesus. Quando lemos o Evangelho de São Lucas e o Atos dos Apóstolos sentimos arder dentro de nós um verdadeiro convite para fazermos parte da escola de Jesus, para aprender com Ele o modo de viver a vida; viver a vida em Deus e com Ele. Nós somos chamados a ser também discípulos do Senhor e a aprender com Ele. E quem aprende ensina; aquilo que aprendemos do Senhor nós devemos também ensinar para os outros! Quem recebe Deus, no seu coração, O leva também para os outros, se torna portador da

Cristo veio para nos libertar de tudo o que nos escraviza

Cristo Jesus veio para nos libertar de tudo o que nos escraviza, porque, muitas vezes, somos dominados pelo vício do jogo, da bebida, da sexualidade desenfreada, das drogas, da gula e dos sentimentos desordenados. “ É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai, pois, firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão”  ( Gálatas  5,1 ). Ao refletirmos sobre a Palavra de Deus na Carta de Paulo aos Gálatas, nós queremos entrar a fundo numa meditação importantíssima para a nossa espiritualidade cristã:  a escravidão e a liberdade . Porque quando não conhecemos Cristo, quando não somos levados pelo Seu amor, pela Sua bondade, pela Sua Palavra, nós nos deixamos escravizar por este mundo. Nós nos deixamos escravizar, muitas vezes, pelos vícios, pelos nossos sentimentos; nos deixamos escravizar pelo nossos afetos.  Contudo, Cristo Jesus, Nosso Senhor, morreu na cruz por nós para nos libertar do cativeiro do pecado, para nos tirar da escravidão e nos trazer a vida nova e

A Batalha de Lepanto

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No ano de 1571 tinham os turcos atingido o apogeu do seu poder. Pareciam ter a Cristandade nas mãos. Os seus exércitos inebriavam-se com a vitória. Sentiam-se poderosos, estavam bem equipados e eram conduzidos por generais habilíssimos. A sua armada era superior em tudo à armada que os cristãos tinham para se defender. Estavam já em seu poder províncias das mais belas e tinham agora por objetivo dominar a França e a Itália, apoderar-se de Roma e transformar a Basílica de São Pedro em mesquita turca. São Pio V governava a Igreja; e este santo e grande Pontífice estava aterrorizado com o perigo que ameaçava arruinar a própria civilização cristã. Além de fracos, os governos cristãos estavam, infelizmente, muito divididos entre si. Intrigas, animosidades pessoais, ambições de cargos importantes impediam aquela união perfeita que se tornava tão necessária para resistir ao inimigo comum. São Pio V pôs toda a sua confiança no Rosário, trabalhando, ao mesmo tempo, incansavelmente por

A oração do rosário é cura e libertação para a nossa alma

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O santo rosário é cura e libertação para a nossa alma e nos permite mergulhar em todos os principais mistérios na nossa fé cristã, pois todos nós passamos por momentos de de luz, de cruz e de expectativa da glória que nos há de ser revelada. “O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’”  (Lucas 1, 28). A Igreja nos dá a graça de celebrarmos hoje o dia de Nossa Senhora do Rosário ou o dia de Nossa Senhora da Vitória. Na verdade, nós sabemos que, no século XVI, houve aquele grande combate entre os cristãos e aqueles que queriam tirar a fé cristã do nosso povo. Os cristãos não tinham armas suficientes para lutar e para combater os povos inimigos, e o povo saiu às ruas com o rosário na mão. Foram aquelas coroas de rosários que o nosso povo rezou que garantiram a vitória do povo de Deus. E desde então, o Papa Clemente XI celebra este dia com uma festa litúrgica em honra a Nossa Senhora do Rosário ou de Nossa Senhora de Fátima. Deixe-me d

A misericórdia com o próximo torna o nosso coração bom

O que nos lava e nos salva é a misericórdia de Deus, o que torna o nosso coração bom e verdadeiro é a misericórdia que nós usamos para com o nosso próximo! “ E Jesus perguntou: ‘ Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’”  (Lucas 10, 36-37). Todos nós conhecemos os mandamentos do Senhor, e creio que não seja nenhuma dificuldade, para nós, entendermos que o resumo e o sentido principal dos mandamentos é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Até uma criança sabe desse resumo e desse sentido da Lei de Deus. A nossa dificuldade é saber como colocar isso em prática. Por isso ao ser questionado, Jesus explicou, de forma bem prática e concreta, o modo como devemos colocar em prática o mandamento do amor ao próximo, porque nós talvez nem encontremos muitas dificuldades para amar as pessoas de quem nós