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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

O SACRIFÍCIO VOLUNTÁRIO

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  Se alguém quiser Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me  (Mat 16,24). Ao dirigir essas palavras aos discípulos, Jesus fala de algo que depende de nós. Algo que podemos fazer ou não -Se alguém quiser…-, algo que pertence, portanto, à nossa livre iniciativa. Sempre a Cruz – a mortificação pequena ou grande – deve ser tomada livremente: só se nós queremos, é que sacrificamos um fim de semana para dar assistência aos pobres; se nós queremos, deixamos de ir ao cinema para visitar um doente; se nós queremos, assumimos em casa os trabalhos mais sacrificados; se nós queremos, mortificamos a curiosidade, a gula, a destemperança no falar, etc. Sacrifícios voluntários? Mortificação? Meter na nossa vida mais “cruzes”, quando a vida já traz tantas sem procurá-las? Por quê? O Espírito Santo  nos responderá pela boca de São Paulo. Este Apóstolo usa com frequência de uma comparação: a imagem dos dois homens que estão sempre brigando dentro de nós:

AS CRUZES QUE NÓS “INVENTAMOS”

Não é raro que alguns cristãos se lamentem das “muitas cruzes” que – segundo eles – Deus lhes envia. Mas, antes de meditarmos nas cruzes que talvez Deus nos envie para o nosso bem, nos convém pensar nas “falsas cruzes” que nós mesmos “fabricamos”, e que nunca deveriam ter existido: cruzes absurdas ,que Deus não nos mandou nem quer mandar. Essas cruzes é que nos fazem mal. De que cruzes se trata? Daquelas que aparecem só como consequência da nossa mesquinhez e dos nossos defeitos. A pessoa egoísta, ciumenta, invejosa, teimosa…, sofre muito e faz sofrer os outros. Mas esses sofrimentos não são cruzes, no sentido cristão da palavra. São apenas a secreção ácida do nosso egoísmo; trata-se de faltas mais ou menos graves, que evidentemente Deus não quer. Se fôssemos fazer as contas, veríamos que a maioria dessas dores ruins procedem de uma dupla fonte: a fonte do amor-próprio e a fonte do amor-pequeno. A fonte do amor-próprio O amor-próprio é uma fonte de péssimas cruzes. Como o o

SEM CRUZ HÁ FRUSTRAÇÃO

Foi-se triste Lembra da cena do encontro do jovem rico com Jesus? O rapaz foi correndo, cheio de entusiasmo ao encontro de Cristo. Aos pés do Senhor mostrou-se disposto a fazer tudo o que Deus lhe pedisse. Mas, quando Jesus concretizou, falando de entregar-se a Deus e segui-lo, o jovem abaixou a cabeça e foi-se embora triste (cf. Mc 10, 17-22). Pensemos agora em nós e na razão das nossa tristezas. Contava São Josemaría Escrivá que conhecera um menino a quem a mãe havia ensinado, desde pequeno, a rezar de manhã e à noite. Ao acordar, recitava juntamente com ela o ato de consagração a Nossa Senhora: “Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste dia meus olhos, meus ouvidos, minha boca…” Não terminava, porém, a enumeração, porque – como quem quer prevenir equívocos – intercalava com veemência: “menos o meu coelhinho”. Tudo estava ele disposto a oferecer a Nossa Senhora…, menos o seu coelhinho. São Josemaria,

NOVENA DO TRABALHO a São Josemaría Escrivá

Autor: Francisco Faus Autorização eclesiástica: + D. Benedito Beni dos Santos, Bispo Auxiliar de São Paulo. São Paulo, 8 de abril de 2003 PRIMEIRO DIA  Trabalho, caminho de santidade Reflexão: Palavras de São Josemaría Escrivá Viemos chamar de novo a atenção para o exemplo de Jesus que, durante trinta anos, permaneceu em Nazaré trabalhando, desempenhando um ofício. Nas mãos de Jesus, o trabalho, e um trabalho profissional semelhante àquele que desenvolvem milhões de homens no mundo, converte-se em tarefa divina, em trabalho redentor, em caminho de salvação.(Questões atuais do Cristianismo, n. 55). Aí onde estão os nossos irmãos, os homens, aí onde estão as nossas aspirações, o nosso trabalho, os nossos amores, aí está o lugar do nosso encontro cotidiano com Cristo. Deus nos espera cada dia: no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho (Homilia A

Explicação do brasão do Ano Jubilar da Misericórdia

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Católico, fique por dentro “Que as palavras e os gestos  digam a mesma coisa” O DESENHO  símbolo do  Jubileu da Misericórdia  parte do Evangelho de Lucas (6,36) em que Jesus nos convida a sermos “ misericordiosos como o Pai “. O padre jesuíta Marko Rupnik preparou esta imagem trazendo uma das primeiras representações de Jesus, o Bom Pastor. Ao invés de uma ovelha nos ombros, Jesus traz uma pessoa. O Bom Pastor da humanidade carrega sobre Seus ombros o ser humano e, assim, conhecemos o mistério de Sua Encarnação e de nossa Redenção. O olhar de Cristo O Papa Francisco conclamou o Ano Jubilar afirmando, na bula intitulada “Rosto da Misericórdia”, que Jesus é o rosto vivo da misericórdia do Pai. Por isso, o centro da imagem é o olhar. A figura que representa Jesus carrega aos ombros uma figura alusiva a Adão e a toda humanidade. O olho esquerdo de Cristo e o direito de Adão são um só, mostrando que Deus é capaz de ver como que com nossos olhos as situações em que vivemos.

Lutero e o demônio da contestação

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Em 2017 completam-se 500 anos desde que o monge apóstata Martinho Lutero afixou suas 95 Teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg, início simbólico da heresia protestante, que quebrou a unidade da Cristandade. Hoje em dia, a decadência moral e religiosa chegou a tal ponto, que até nos meios católicos já há quem fale em comemorar essa abominação. Mas não é esse, por agora, o nosso tema. Também não pretendemos aqui insistir sobre a personalidade desse heresiarca, fautor de blasfêmias contra Nosso Senhor Jesus Cristo, contra a Igreja e o Papado, nem sobre seus incitamentos a práticas pecaminosas, nem sobre sua vida pessoal, pois era tido como bêbado, impuro, juntado com uma freira apóstata etc. Ao leitor desejoso de inteirar-se sobre esses e outros aspectos da vida de Lutero, sugiro vivamente que leia os documentados artigos que Plinio Corrêa de Oliveira escreveu a respeito.(1) Meu tema hoje é outro e muito específico. Trata-se de entender Lutero enquanto contestatár

A gula

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A gula muitas vezes é tratada como um “pecadinho”, um pecado venial, que a maioria das vezes não é confessado, por ser identificado como um pecado comum. Assim estimamos a Gula, e por conseqüência muitos os outros pecados que se deriva deste. São João Clímaco chega a dizer que a Gula é porta para todos os pecados, – isto é questionado por outros Santos Padres – e enumera uma lista de filhas destes pecados. O primeiro e a fornicação (Luxuria), segundo a dureza de coração, e ai vão, maus pensamentos, preguiça, fofoca, familiaridade excessiva (famoso abelhudo), vontade de fazer rir, brincadeira jocosidade, contestação, obstinação, desobediência, soberba, etc. Gula não necessariamente significa comer demais, existem dois tipos de gula, que são nomeadas como Gastrimargia e Laimargia. Margia que dizer em grego loucura, gastri estomago, portando a Gastrimargia é a loucura do estomago, que se dá no consumir o alimento se preocupando com a quantidade. Enquanto a Laimargia quer dizer louc