Alguém caminha conosco

Nem sempre a nossa fé é tão firme, forte e convicta que nos garante a certeza da presença do Ressuscitado caminhando conosco. Mais difícil ainda é imaginar que um suposto morto esteja vivo e fazendo história com a humanidade.
Dois discípulos voltam de Jerusalém desanimados depois dos últimos acontecimentos trágicos que lá tiveram lugar. Deixam a esperança para trás, enterrada em Jerusalém, e voltam para sua vidinha do dia a dia, acompanhados por um "estranho".
Conversa vai, conversa vem, e o "estranho" só escutando. Até que resolve tomar parte do assunto, perguntando o que havia acontecido de importante em Jerusalém. Então, deixando de ser mero ouvinte, o "estranho" começa a explicar os acontecimentos na perspectiva do Primeiro Testamento. Assim a volta para casa se torna também um retorno à Escritura.
Agora o "estranho" se trona também "hóspede". No ambiente da casa, ocorre a iluminação. Na casa há pão sobre a mesa. Casa sem pão é sinal de morte, casa com pão é sinal de vida. É na mesa que se realiza a partilha e, por meio dela, revela-se o rosto de Jesus.
Segundo Lucas (e Mateus), Jesus nasce na "casa do pão" (Belém). Aprendeu, com certeza, desde pequeno a importância do pão e o jeito de partilhá-lo. Seu nascimento na "casa do pão" dá rumo de sua atividade e do seu projeto.
A eucaristia é o grande símbolo de partilha e a maior demonstração da presença de Deus. Alimentados com a eucaristia, aprendemos a partilha e a solidariedade, que nos darão a certeza da presença de Deus em nossa vida de caminhantes. A partilha destrói barreiras, cria laços e constrói comunhão e solidariedade.

Pe. Nilo Luza, ssp sobre o Evangelho deste domingo 04/05/2014

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