"ANÚNCIO DE ESPERANÇA"
Final de ano litúrgico. Podemos perceber sinais de coisas novas e de mudanças promissoras. É a conclusão de uma velha estação e o início de uma nova , carregada de promessas. É o perfume de um mundo novo que vai brotar: perfime de esperança e alegria.
Não, não chegou a hora de as estrelas, o sol e a lua despencarem do céu. Contudo, algo precisa cair ou ser indireitado, a fim de que se cumpra a profecia do Senhor não apenas no final dos tempos, como também aqui e agora. Pois a catástrofe, a destruição e a transformação não são tão somente acontecimentos conclusivos da história. São processos contínuos, que vão ocorrendo todos os dias.
E não se trata de "desgraças", e sim de conquistas, vitórias e novas etapas da caminhada humana.
Se por enquanto não vão cair estrelas do céu, precisam cair nosso orgulho e nossa falsa segurança de que a salvação está garantida para nós só porque, aos domingos, fazemos nossa profissão de fé da boca para fora.
Se ainda não cairá o sol, precisam cair os tronos abusivos, erguidos pelos mais fortes sobre as costas dos mais fracos. Nem deve sobrar pedra sobre pedra de tudo aquilo que construímos à revelia da justiça e do amor.
Se ainda não cairá a lua, precisa cair o egoísmo, que nos torna incensíveis aos problemas do faminto, do desempregado, daquele que luta por um pedaço de chão e pelos seus direitos mais elementares.
Então, o jeto não é lamentarmos a "queda das estrelas" ou o fim de nosso egoísmo. O jeito é aliar-nos com nossos irmãos e com o próprio Deus das promessas, a fim de darmos conta de todos os nossos compromissos de cristãos.
Pe. Virgílio, ssp - Comentário sobre o Evangelho deste Domingo 18/11/2012
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