" A AÇÃO DA SABEDORIA NA HISTÓRIA"
Foi ela que protegeu o primeiro modelado, pai do mundo, que fora criado em solidão; levantou-o de sua queda e lhe deu poder de tudo dominar. Dela se afastou, em sua cólera, um injusto, arruinou-se em sua sanha fratricida.
Por sua culpa a terra foi submersa, e outra vez a Sabedoria a salvou, pilotando o justo numa frágil embarcação. Quando os povos, concordes na malícia, foram confundidos, ela reconheceu o justo e o guardou imaculado diante de Deus, conservando-o forte, sem abrandar-se diante de seu filho.
Na ruína dos ímpios, foi ela que salvou os justo, fugitivo do fogo que descia sobre a Pentápolis.
Testemunho daquela maldade, resta ainda um ermo fumegante, árvores frutíferas de fruto malogrados e, memorial à alma incrédula, ergue-se uma coluna de sal!
Pois, desprezando a sabedoria, não só se mutilaram ignorando o bem, mas também deixaram aos vivos um memorial de sua insensatez, para que suas faltas não ficassem ocultas.
Mas a Sabedoria livrou das provações os seus fiéis. Ela guiou, por caminhos planos, o justo que fugia da ira do irmão; ela lhe mostrou o reino de Deus e lhe deu a conhecer as coisas santas; deu êxito às suas tarefas e recompensa aos seus trabalhos; assistiu-o contra opressores cobiçosos e o enriqueceu; guardou-o de seus inimigos, defendeu-o de quantos o assediavam; deu-lhe um prêmio numa áspera batalha, para ensinar-lhe que a piedade é mais forte do que tudo. Não abandonou o justo vendido, mas o preservou do pecado; desceu com ele na cova e não o deixou em suas cadeias, até trazer-lhe o cetro real e o poder sobre seus tiranos; desmascarou os que difamavam e seu-lhe uma glória eterna.
SABEDORIA 10, 1-14 (Bíblia de Jerusalém)
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