Você já ouviu falar de um santo que é o “Patriarca do Silêncio”?


Que grandes lições e que objeto de sérias meditações nos oferece o silêncio do Santo Patriarcal!

O que mais impressiona em São José é o silêncio profundo da sua vida. Tudo em torno dele é humildade, simplicidade e silêncio.
O Evangelho fala pouco de José. Durante séculos, esteve quase desconhecido o culto do Santo Patriarca. Os apóstolos e os mártires tiveram os seus nomes triunfantes na Igreja e no esplendor das pompas litúrgicas. São José sempre esteve oculto.
Começam as manifestações brilhantes do seu culto só no século XV. Não fora a luz do mundo como os apóstolos nem a voz que anunciava aos homens as maravilhas divinas da Redenção. São José teve outra e bem diferente missão, disse Bossuet (1): havia de ser o silêncio de Deus, o véu do templo que envolve o adorável mistério da Encarnação, a virgindade de Maria e a majestade de Jesus Cristo.
O silêncio, disse o P. Faber (2)sempre foi o adorno da grande santidade. Encerra em si algo divino. Quase toda vida humana de Jesus esteve marcada com o silêncio. Também Maria e José tomaram de Jesus este silêncio cheio de beleza e de doçura.
Que grandes lições e que objeto de sérias meditações nos oferece o recolhimento, o silêncio do Santo Patriarcal!
Adorável mistério exclama na sua eloquência a águia de Meaux.
José possui em sua casa o objeto que pode atrair os olhares e a admiração de todo o Universo e o mundo o ignora. Possui o seu Deus e não deixa escapar a mais leve insinuação. É testemunha do mais portentoso mistério, o da Encarnação, e nem sequer o deixa transparecer.
Os Magos, os Pastores em Belém, o Profeta Simeão e Ana no templo publicam as grandezas do Filho de Maria. José se conserva em absoluto, em profundo silêncio. Poderia dar testemunho do mistério da Encarnação e do nascimento miraculoso de Jesus. Que pai poderia ficar calado diante das maravilhas de tão grande Filho? E no entanto, apesar de tantas almas haverem celebrado com zelo e entusiasmo a glória de Jesus, nada teve o poder de fazer abrir a boca a São José para o obrigar a revelar o segredo de Deus que lhe fora confiado.
Admirável silêncio! Que humildade heroica! Houve na terra Santo mais humilde, mais obscuro, mais silencioso?
São José foi, realmente, a sombra do Pai Eterno, diz Hernert Hello(3),  aquele sobre o qual projetou densa e profunda a sombra do Pai.
São José, o homem do silêncio! O Patriarca do silêncio!
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Notas:
(1) Premier Panegyrique de S. Joséph.
(2) Belém
(3) Physionomiedes Saints: Saint Joséph.

Fonte: Do livro “São José” de Mons. Ascânio Brandão, Via AASCJ

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