A PROVA DECISIVA: A PROVA DO AMOR

Bem sabemos que as palavras "te amo", infinitamente repetidas em todos os tempos, em todas as latitudes do planeta, na maioria dos casos podem ser apenas expressão provisória e vazia do sentimento humano.
Mas o olho de Jesus sabe ir além das simples palavras de Pedro,o qual, ao dizer "te amo", não estava blefando: mais tarde daria a vida por amor. Porque amor, no fundo, é só isto: fazer da própria vida um dom para a felicidade do outro.
Então, poderíamos dizer que o evangelho é o desmascaramento do amor falso, daquele amor que é apenas um impulso imediato da natureza humana: amor que não e dom de si, mas apropriação indébita da vida alheia.
É verdade, existe mesmo um tipo de amor que se manifesta e se afirma como realidade oposta ao amor verdadeiro; como dilatação e sublimação do próprio egoísmo. Egoísmo que vive e se alimenta com a exploração da outra criatura, a qual, não raro, acaba sendo destruída.
É claro que o evangelho não é um projeto de psicanálise. É antes a enunciação de um projeto existencial, em que todas as nossas energias, todas as nossas capacidades assim como nosso próprio coração são postos a duras provas: convocados ao serviço daquela parte da humanidade deserdada de tudo, que nunca soube amar porque nunca se sentiu amada.
"Tu sabes que eu te amo." É emocionante, é belo e divino saber que alguém nos ama. Da mesma forma, é emocionante e divino que outros escutem de nós essa mesma declaração de amor.
Amar, porém, que dizer estar disponível para fazer da própria vida um dom. Pronto para ultrapassar as fronteiras da existência individual - e se consumar para a felicidade dos outros.
Mas é sempre bom lembrar que, assim como para Jesus e para Pedro, a prova do nosso amor só pode ser o caminho do calvário.

Pe. Virgilio, ssp sobre o Evangelho deste domingo 14/04/2013

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